Ainda não tão conhecida pela maioria das mulheres, as glândulas de Bartholin – ou também chamadas de glândulas vestibulares maiores – são as principais responsáveis pela lubrificação feminina duranterelação sexual. Estrutura dupla presente nos dois lados da vagina, as glândulas estão localizadas internamente na porção inferior dos grandes lábios, próximo a saída da vagina. O ginecologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, Eddy Nishimura, desvenda os mitos que cercam essa glândula.
Como funciona
A glândula secreta um líquido viscoso incolor que é eliminado por um ou dois ductos excretores que desembocam a frente do hímen quando há estímulo sexual nas preliminares. “É uma glândula que faz parte da constituição normal dos órgãos genitais femininos”, afirma o ginecologista.
Cisto
O ducto que dá vazão à secreção é estreito e, por isso, pode haver um “entupimento” que acaba ocasionando a retenção desse líquido, originando o cisto. “Geralmente ele não apresenta sintomas, mas pode ser percebido pela mulher como uma saliência na entrada da vagina. Dependendo do tamanho pode causar incômodo nas relações sexuais ou ao sentar-se”, diz Nishimura.
Inflamação
A bartholinite é a inflamação da glândula de Bartholin que causa dor local. A causa principal, em geral, é infecciosa por meio de uma bactéria sexualmente transmissível. “Como toda DST a melhor forma de prevenção é o uso de métodos de barreira, como o preservativo masculino ou feminino”, explica o médico. Dor durante as relações sexuais, vermelhidão e dor local são sintomas associados a esse quadro de inflamação das glândulas.
E agora, como tratar?
Para tratar a inflamação é necessário o uso de antibióticos e anti-inflamatórios prescritos por um ginecologista. Contudo, dependendo do grau dessa inflamação, ela pode evoluir para um abscesso(acumulação de pus em uma cavidade). Segundo o ginecologista, nesse caso o tratamento indicado é uma drenagem associada aos antibióticos. Em relação ao cisto, o médico pode retirar ou fazer uma abertura para aumentar o tamanho da saída do líquido. Esse processo recebe o nome de marsupialização. Ainda segundo Nishimura, mesmo que a glândula de Bartholin esteja comprometida e precise ser retirada por meio de processo cirúrgico, existe uma glândula contralateral que supre a necessidade de lubrificação.
Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
Quem já descobriu as vantagens de se ter um vibrador, costuma indicar – e muito! – para as amigas. A psicóloga e sexóloga Carla Cecarello conta tudo o que você precisa saber sobre esse brinquedinhoamigo.
Tipos
Se você nunca entrou em um sex shop, vai ficar impressionada com a variedade de vibradores no mercado. Há aqueles para estimulação externa, como os bullets, que são usados na região do clitóris. “Para quem nunca teve um vibrador, a dica é começar por esses modelos que estimulam o clitóris, para ir aos poucos se familiarizando com esse tipo de brinquedo”, afirma a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. Esses vibradores de estimulação externa geralmente são pequenos e fáceis de carregar, como as cápsulas e as calcinhas vibratórias. O segundo tipo de vibrador é aquele que, além de estimular o clitóris, efetua a penetração vaginal. Em geral tem o formato de um pênis menor e carrega acoplado algo para estimular externamente. Por fim, há aqueles que estimulam o clitóris ao mesmo tempo em que efetuam a penetração vaginal e anal. Um dos sucessos de venda nos sex shops é o modelo “The Rabbit”, que ficou famoso depois que a personagem Charlotte, do seriado Sex and the City ficou viciada no brinquedinho rotatório.
Causam alergia?
Para garantir que você não tenha uma reação alérgica, é bom ficar atenta ao material do vibrador. Além de ser certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fique atenta se na composição do produto não tem alguma substância a qual você é alergia.
Limpeza
Depois do uso, é preciso lavar o vibrador com um sabonete neutro e secar com um pano que não solte pelo. “Os sex shops costumam ter sabonetes específicos para a higienização do vibrador e é indicado que ele seja guardado envolto no mesmo pano que foi usado para secagem”, explica Carla. Não há restrições para guardar o produto, desde que ele esteja protegido com um pano que não solte “pelinhos”.
Lubrificante
Para facilitar a penetração o lubrificante é um bom aliado! A sexóloga alerta que o ideal é usar os produtos a base de água para não correr o risco do lubrificante “corroer” o material do vibrador.
Pessoal e intransferível
Carla é enfática quando o assunto é “empréstimo” de vibradores. “Jamais, é um objeto muito pessoal que não deve ser compartilhado com outras pessoas”, ressalta. Para não correr o risco de contrair uma doença sexualmente transmissível, como herpes, é bom que cada um tenha seu brinquedinho.
O mesmo prazer?
A sexóloga esclarece que o vibrador é capaz de proporcionar à mulher um orgasmo tanto quanto uma relação sexual pode. “São momentos diferentes, já que com o parceiro há o beijo, a troca de carinho e de palavras, o que aumenta a intensidade do prazer em algumas mulheres, mas em questão de estímulo local o vibrador pode oferecer o mesmo prazer.
Na vida do casal
O casal pode experimentar usar o brinquedinho na relação sexual para um pouco da rotina. “É muito importante que o casal converse sobre isso antes. Jogar abertamente o que cada um acha disso e se eles se sentirão à vontade com o vibrador estimulando os dois. Surpresa nessa hora não é legal”,