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Meu segredo - Conto de Amor e Sexo
Meu segredo - Conto de Amor e Sexo

Meu segredo - Conto de Amor e Sexo
  • Capítulo 1 - Um segredo

Um mês após a separação, Maria reencontra a felicidade nos braços de Elias, mas mantém o romance em segredo

Publicado em 03-08-201321:58:53

 

 
 
Casal no carro

Foto: Getty Images

"Aguenta mais um pouquinho", eu dizia, enquanto dirigia. Tentava ser bem discreta ao entrar em minha cidade, um lugar tranquilo do interior de São Paulo. Vez ou outra ouvia um barulhinho, sinal de que estava tudo bem. "Só mais um pouco, amor...", insistia, tomando cuidado nas lombadas.

De repente, no semáforo, o motorista ao lado me reconheceu. "Boa-noite, Maria, tudo bem?". Era Gigio, o dono da funilaria perto de casa. Sorri, tentando controlar o nervosismo. "Estou ótima...", respondi. Ele continuou olhando, como se desconfiasse de algo: "Tem uma batidinha no porta-malas. Passe na oficina e vejo isso para você!", disse, simpático.

O farol parecia estar contra mim. Tinha a sensação de que não abriria nunca mais. "Pode deixar, Gigio. Assim que tiver uma folga, vou lá!", respondi. Só respirei aliviada quanto o sinal verde surgiu.

Minutos depois, parei no mercadinho para comprar o jantar. "Vou demorar só uns minutinhos!", exclamei, olhando pelo retrovisor para o banco vazio atrás de mim. Claro, encontrei muita gente conhecida. "Menina, fiquei sabendo da sua separação. Que triste...", comentou Etelvina, uma amiga de longa data de minha mãe. Fiz cara de luto e continuei. "Maria, seu pai está em casa hoje? Preciso conversar com ele...", perguntou o dono do mercadinho, Chiquinho. Fiz sinal positivo.

"Desculpe a demora", falei, ao entrar de novo no carro. Acelerei, com a mesma cautela de sempre e, finalmente, cheguei em casa. Como já esperava, meus pais estavam na varanda. Suando, guardei o carro e fui até eles. "O carteiro deixou essas cartas para você!", contou meu pai.

Enquanto tentava disfarçar minha preocupação, abri um dos envelopes. Era do meu ex-marido: "Volte para mim. Eu nunca quis trair você!", escreveu com os garranchos costumeiros. "É dele, não é?", perguntou minha mãe. Fingi tristeza. Por dentro, queria que ele desaparecesse.

"Bem, gente, vou fazer o jantar...", revelei voltando ao carro. "Pronto, amor!", murmurei ao me aproximar. Encostei junto à porta, onde ninguém poderia vê-lo. Abri o porta-malas: "Ufa, já estava sem ar...", falou Elias, o homem que eu estava escondendo de todos. "Um dia, eles precisarão saber que você tem outro", murmurou aquele mulato lindo, do alto de seus 1,90 m. Batemos a porta para que ninguém flagrasse o beijo daquele casal extremamente apaixonado... e proibido

  • Capítulo 2 - Amar de novo
  • Você deve se perguntar: por que esta mulher livre, leve e solta não pode assumir um romance? Com minha família, vivo em uma pacata cidade do interior, onde todos se conhecem. Quando algo acontece, por mais íntimo que seja, vira de domínio público.

    Mamãe e papai sempre souberam o quanto meu casamento ia mal, mas não interferiam. No entanto, não sei como reagiriam se soubessem que, apenas um mês após a separação, eu já tinha um novo homem. "Um dia você terá de contar...", repetia meu irmão, o único a saber de tudo.

    Ao contrário de minhas três irmãs, José me entendia. Então, contei para ele logo no primeiro dia: "Conheci Elias num bar. Foi amor à primeira vista. Após tantos anos enganada pelo ex, me sinto uma princesa. Ele me faz feliz em todos os aspectos...".

    José escutou atento. "Maria, cuidado para a situação não sair do controle. Se esconder em casa não é a melhor solução. Em algum momento, papai poderá descobrir e ficar furioso!", me aconselhou.

    Quando estava com Elias, me esquecia de tudo. "Você é de outro mundo", murmurou na primeira vez em que transamos. Além do meu marido, nunca havia feito sexo com outro.

    Ao contrário do que estava acostumada na cama, Elias era atencioso e gentil. Só se permitia gozar após o meu orgasmo. Com o ex, as transas eram rápidas e se resumiam na penetração. Quando atingia o clímax, virava para o lado e dormia. Jamais se importou de verdade comigo.

    Meu atual homem me apresentou uma nova maneira de fazer sexo. Não só por ser bem-dotado e ter braços musculosos, mas pela maneira como me possuía. Antes de entrar em mim, de olhos abertos e muito excitado, me lambuzava todinha com sua saliva. "Por favor, não pare", eu sussurrava durante nossos encontros íntimos. Apesar do membro grande, ele não me machucava. Durante o vai e vem, ele agia como um cavalheiro. Apenas quando eu permitia, impunha mais força, como um garanhão sedento por sua fêmea no cio. Assim, Elias me apresentou o gozo verdadeiro. Esconder tamanha felicidade me torturava muito, mas precisava de um pouco mais de tempo. Inclusive porque algo me dizia que meu pai estava prestes a descobrir meu segredo!

  • Capítulo 3 - A família e o amor
  • Numa tarde de sábado, após horas de sexo ardente, Elias me encarou: "Maria, até quando vamos nos esconder?". Eu já esperava por aquilo. Ficar trancado em casa ou no porta-malas não era certo. No entanto, não sabia o que fazer e fiquei em silêncio. Ele me abraçou com ternura e, pela primeira vez, chorei na frente dele.

    Quando mamãe falou que, no final de semana, daria uma festa para minha avó, tremi. Afinal, estava tudo certo para Elias passar estes dias comigo, escondido em casa. Embora amasse minha nonna, sabia o significado daquilo: casa cheia e chances de eu ser desmascarada. Então, contei a novidade a ele. "Não quero ficar sem te ver...", murmurou.

    Na noite de sexta, como de costume, parei o carro na rodoviária. Ao vê-lo desembarcando, dirigi até uma rua escura. Ele me seguiu, caminhando. Trocamos um rápido beijo e abri o porta-malas. Elias acomodou como pôde seu enorme corpo ali. Pobrezinho!

    Ao chegar em casa, transamos como doidos. Em certo momento, ele pôs as mãos sobre minha boca. Só então compreendi que eu gritava de prazer. Fizemos silêncio! Só ouvíamos as batidas de meu coração. "Será que alguém escutou?", perguntei. Ele sorriu e disse: "Não, só eu ouvi... e quero mais!". Essa foi a senha para que iniciássemos uma nova sessão de prazer sobre a minha velha cama de casal. A mesma que havia presenciado, por anos, meu choro de frustração por conta do meu ex-marido.

    Na manhã de sábado, ouvi vozes. "Meus parentes chegaram...", falei ainda na cama. Elias tocou meus lábios com os dedos que haviam explorando meu corpo e perguntou: "Devo ir embora?". Fiz sinal negativo. E voltamos para nossa festinha.

    Tudo corria bem em nosso mundo de janelas fechadas até que alguém bateu na porta. "Filha, o povo chegou!", anunciou meu pai. Fiquei trêmula. "Já volto, meu anjo. E, por favor, não faça barulho...", aconselhei Elias.

    Recebi elogio de uma das minhas tias "Nossa, a separação lhe fez bem...". Eu sorri! "Filha, sua madrinha quer ver os móveis do seu quarto para presentear você com uma cômoda", disse meu pai, de repente. Sem pensar, gritei: "Não!". O berro causou estranhamento em todos.

     Capítulo 4 - A revelação

  • Papai me olhou desconfiado. Rapidamente, procurei uma desculpa: "O quarto está uma bagunça. Quero dar uma arrumada nele antes de entrarem!". Ele sorriu zombeteiro e disse: "Desde quando sua tia é visita, menina?". Eu sentia meu coração saindo pela boca. Por mais que tentasse, não encontrava desculpas para evitar a catástrofe. "Ok, só vou dar uma ajeitadinha básica", esclareci, já saindo, sem ter muita certeza do que estava dizendo.

    Ao me ver entrar no quarto, Elias se espantou. "Você está pálida. O que aconteceu?", perguntou. Tive vontade de rir: eu, uma adulta, escondendo o namorado daquele jeito. "Amor, precisamos achar um lugar melhor para você. Daqui a pouco minha tia vem conhecer meu quarto...", expliquei. E, instantes depois, Elias entrava novamente no porta-malas do meu carro. Em comum acordo, decidimos que seria mais seguro se ele ficasse escondido ali, na garagem.

    Enquanto os parentes elogiava meu quarto, eu ficava cada vez mais tensa. Finalmente, passada meia hora, decidiram ir embora. Em minha cabeça, só conseguia imaginar meu amado sufocado naquele espaço minúsculo do meu carro. Quando dava meus abraços de despedida, meu pai olhou atentamente para o automóvel. "Maria, tem um amassadinho aqui. Você andou batendo?", perguntou. Fiz um ar distraído e soltei: "Acho que foi ao estacionar no supermercado...".

    Quando já estavam no portão, ouvimos um forte barulho. Elias espirrou! Todos me olharam assustados. "O que diabos está acontecendo aqui?", perguntou meu pai, conhecedor de tudo a meu respeito.

    Senti vontade de chorar. Como se tudo estivesse em câmera lenta, apenas fiquei observando meu pai abrir o porta-malas. Foram os segundos mais demorados da minha vida. Por pouco não saí correndo, na tentativa de sumir da face da Terra.

    Meu pai ficou parado, sem qualquer reação. O restante da família e eu permanecemos em estado de choque. "Boa-tarde, pessoal!", soltou Elias, totalmente sem graça, colocando suas pernas longas para fora do carro. "O que significa isso?", gritou meu pai, finalmente. Eu corri na direção do meu amado e o abracei. "Significa que estou amando de novo!", falei, decidida.

     Capítulo 5 - O acidente

  • O primeiro a mostrar alguma reação foi Elias: "Também amo sua filha!". Vi ódio nos olhos de meu pai. "Quem é esse aí, Maria?", gritou. Minha mãe me encarava como se estivesse vendo um fantasma. Na expressão de todos não havia espaço para compreensão, apenas julgamento. Peguei Elias pelo braço e fui em direção à minha casa. Antes, dei meia volta. "Vocês acham que não mereço ser feliz? Após passar anos sendo enganada por aquele desgraçado não sou digna de ser amada de verdade?", gritei, sem consciência do escândalo.

    "Você não tem vergonha? Como pode trazer um homem para casa? Não criei minha filha para ter uma atitude dessas!", urrou meu pai, já saindo. Mamãe o acompanhou. Em instantes, todos se foram. Elias estava quase chorando.

    Fechamos a porta de casa e nos abraçamos. "Eles não podem me abandonar dessa maneira", choraminguei. Elias, então, me beijou suavemente. "Eu te amo e estou do seu lado", murmurou. Minhas lágrimas e o sofrimento deram lugar a um sentimento de alegria e segurança. Ele era meu homem e iria batalhar por nossa união. Não tardou para que fizéssemos amor ali mesmo, no sofá. Precisava tê-lo dentro mim. Necessitava ser possuída por Elias. Naquele momento não havia nada que nos impedisse. Fechei os olhos e senti seu membro rijo me completar. Eu o queria para sempre, assim, dentro de mim.

    Cochilamos e fomos acordados com batidas na porta. Só poderia ser meu pai. Eu não sabia o que fazer. "Melhor atendermos", disse Elias. Eu o encarei, ainda indecisa. "Não vou abrir!", falei baixinho.

    Assim que ficou silêncio, resolvi ir embora. "Você quer fugir da sua própria casa?", me perguntou. Movi a cabeça afirmativamente. Ele parecia confuso: "Mas abandonar sua família por minha causa? Eu jamais me sentiria feliz com isso". Então, o abracei. "Quando o tempo passar, voltamos. Quero muito ser feliz ao seu lado!", falei.

    Pouco depois das duas da manhã, quando as malas já estavam no carro, a luz da rua apagou. A pressa e a escuridão não me deixaram perceber uma pessoa parada no portão. Ao sair com o carro, ouvi um grito de dor. Era meu pai. Eu o havia atropelado. 

  • Capítulo 6 - Decisão
  • Nem me lembro de como levamos meu pai ao hospital. Estava tão perturbada que mal entendia o que acontecia à minha volta. "Meu Deus, atropelei meu pai...", repetia a mim mesma.

    Elias ia no banco de trás ao lado de papai. Aparentemente, ele só tinha algumas escoriações e sangrava pelo nariz. "Estou bem, filha", dizia ele, ainda atordoado. De repente, olhando pelo retrovisor, vi Elias confortando-o. Fiquei emocionada e comecei a chorar.

    Só me acalmei meia hora depois, ao ouvir o médico dizendo que ele estava bem e a situação não era grave. "Como você conseguiu fazer isso?", perguntou papai. Elias, ao meu lado, segurava minhas mãos, me dando forças. "Você ia fugir da cidade, Maria?", cutucou papai novamente. Poderia, mas não menti.

    No dia seguinte, ele teve alta do hospital. Elias e eu fomos buscá-lo. Quando papai me viu, olhou-me friamente. Eu tremia por dentro e me sentia culpada. Na noite anterior, havia tomado uma nova decisão: não iria mais abandonar meu lar. Estava pronta a enfrentar qualquer um para ficar para sempre com o grande amor da minha vida.

    Meu pai permaneceu quieto durante todo o retorno do hospital. Quando chegamos em casa, apenas me deu um beijo formal. Chorei. "Um dia ele vai entender que você o ama", murmurou Elias.

    Aquele foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Apesar de ter o homem dos meus sonhos ao meu lado, decepcionei meus pais e tornei-me uma filha distante.

    Não fiz amor com Elias naquela noite. Fiquei acordada toda a madrugada. "Será que este sofrimento vale a pena?", perguntei a mim mesma, enquanto olhava meu amado. Como se lesse minha mente, mesmo dormindo, ele me abraçou. "Sim, vale a pena lutar por ele", pensei aliviada.

    Na manhã seguinte, levei Elias para a rodoviária. Ao voltar, a campainha tocou. Eram meus pais. Eu os convidei a entrar e fiz um café. Eles continuaram em silêncio. A última vez que os vi daquela forma foi quando descobriram que eu não era mais virgem. "Tomamos uma decisão a respeito de vocês", falou meu pai, ao pegar a xícara. Gelei. Não sabia se estava pronta para o que viria em seguida.
      

  • Capítulo 7 - Final
  • "Você pode ficar. Maria, não queremos interferir em sua vida", disse papai ao tomar o primeiro gole de café. Minha mãe, segurando os braços dele, prosseguiu: "Não lhe demos o suporte merecido quando estava casada. Ignoramos sua infelicidade ao viver com um homem que não a amava. Por isso, agora, estamos ao seu lado".

    Elias nos olhava com lágrimas nos olhos. Uma forte emoção tomou conta da minha pequena sala. Abracei meus pais e choramos feito crianças. Naquele momento, acabaram-se as diferenças entre nós e nos tornamos cúmplices. Nosso abraço parecia não ter fim. Nunca havia me sentido tão parte de minha família como naquela hora. Durante anos, sofri quieta ao lado do desgraçado do meu ex. Meus pais percebiam, mas achavam melhor não interferir. Eu, orgulhosa, temia pedir ajuda. Por isso, até aquele dia vivíamos próximos e, ao mesmo tempo, distantes.

    Finalmente, meu pai se afastou. Continuei agarrada à minha mãe, enxugando as lágrimas.

    "Venha cá", murmurou papai para meu namorado. Elias se aproximou, ainda zonzo com tanta informação, e também ganhou um abraço: "Rapaz, de agora em diante, não precisa mais se esconder nem dentro de casa nem no porta-malas".

    Mais tarde, na cama, ainda não conseguia acreditar nos acontecimentos. Para comemorar, fiz amor toda a madrugada e, o melhor, sem evitar gemidos. Nos anos seguintes, descobrimos novos assuntos em comum. No sexo, Elias foi um grande professor e eu, boa aluna. "Quando vi aquele moço enorme saindo do porta-malas, eu quase desmaiei", sempre brincava mamãe nas reuniões de família.

    Apesar de tudo, nós decidimos nunca nos casar. A pedido de meus pais - e do nosso coração -, tentávamos trazer ao mundo a maior prova de nosso amor: um filho, que ganharia o nome do meu irmão, José, meu melhor amigo.